terça-feira, 26 de abril de 2016

Graduação. Novo degrau conquistado, ou mais responsabilidade a cumprir? 




Todo estudante de karatê que persiste e aprende durante os tenros meses em que a faixa branca começa a apresentar manchas cinzentas e amareladas, pela ação do tempo e dos treinos, do suor do aprendiz e do pó do dojô, se vê diante dos exames de graduação.
Aqueles mais ingênuos muitas vezes se vêem ansiosos por ostentar uma faixa de cor, de modo que possam ser reconhecidos imediatamente como alguém mais experiente ou "bom" na arte.

Ledo engano. A graduação no karatê, assim como nas demais artes marciais de origens orientais, usadas em grande parte graças ao mestre Jigoro Kano, fundador do Judô, são uma forma de disciplina; muito além de simbolizarem a evolução do aluno para os demais que o vêem, é um recado do sensei e do dojô ao próprio karateka:

Agora tens mais responsabilidades.

O professor Kano adotou o sistema de faixas (obi, 帯), de modo a ranquear seus discípulos e, assim como nas escolas, estabelecer os níveis de aprendizado a serem observados por eles próprios.

Receber graduação, para mim, não poderia ser diferente. Receber a nova faixa diretamente das mãos do Sensei, perante a banca da Federação, somente aumenta a cobrança que dali por diante eu passo a ter em relação a mim mesmo. A nova faixa, muito mais do que um atestado de que eu estou mais sábio ou preparado, é um alerta para que eu faça justiça à expectativa que é depositada em mim como aluno mais experiente.

Osu!

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